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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Campos do Jordão

Campos do Jordão é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo, mais precisamente na Serra da Mantiqueira. A cidade tem altitude de 1628 metros, sendo portanto, o mais alto município brasileiro, considerando-se a altitude da sede. Sua população estimada, em 2004, era de 47.903 habitantes. Dista 167 km da cidade de São Paulo, 350 km do Rio de Janeiro e 500 km de Belo Horizonte. Sua principal via de acesso rodoviário é a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, que tem início em Taubaté, município localizado a 45 km da cidade.




Índice [esconder]

1 Estância climática

2 História

3 Geografia

3.1 Hidrografia

3.2 Clima

3.3 Solo

3.4 Vegetação

3.5 Hidrografia

4 Demografia

4.1 Etnias

5 Educação

6 Ensino Superior

6.1 Cultura

6.2 Referências

6.3 Ligações externas



[editar] Estância climática

Campos do Jordão é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo estado, por cumprirem os pré-requisitos definidos por lei estadual. Tal nomeação garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. O município também adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.



Campos do Jordão é chamada de Suíça Brasileira, principalmente pela sua arquitetura de influência europeia e pelo seu clima frio. Por isso, a cidade recebe maior quantidade de turistas durante a estação do inverno, especialmente no mês de julho.



[editar] História



Pórtico da cidade.Fundado em 29 de abril de 1874, o município tem como principal atividade econômica o turismo e é um dos principais destinos de inverno do Brasil.



[editar] Geografia

É o município com a sede administrativa mais elevada do país, atingindo 1628 metros na sede do município, onde está localizada a prefeitura da cidade, e que pode variar para mais de 2 mil metros nos arredores do município. Está localizado no maciço da Serra da Mantiqueira, uma das mais elevadas cadeias de montanhas do Brasil.



Possui uma área de 289,5 km². É constantemente visitado por turistas de todo o Brasil e até mesmo do exterior, que vão a localidade para gozar do clima de inverno e a arquitetura germânica.



[editar] Hidrografia

Rio Piagui

Ribeirão Capivari

[editar] Clima

Seu clima é tropical de altitude (Cwb), com verões suaves e invernos com temperaturas bastante baixas para os padrões brasileiros. Ocorrências de neve foram registradas em 1928, 1942, 1947 e em 1966[5] , sendo a última vez em que foi registrada neve na cidade, segundo Paulo Filho, entre 1892 e 1897, era comum a cidade ser atingida por prolongadas nevascas[6]. Geadas são comuns durante o inverno e a temperatura mínima absoluta foi de -7,3°C em 1º de junho de 1979[7], há relatos não oficiais de -12°C. Seu clima temperado favorece a criação de hortênsias, especificamente as da espécie Hydrangea macrophylla.



O clima da cidade foi considerado por José Setzer, por volta de 1946, como mesotérmico médio, com verões brandos e sem estação seca.



Tudo começou no final do século XIX, quando fazendeiros identificaram "propriedades terapêuticas" no clima de Campos na época, uma vila.



Da análise dos dados referentes às temperaturas no período de 1965 à 1974, pode-se afirmar que o clima de montanha de Campos do Jordão é do tipo tropical temperado, não apresentando nebulosidade úmida, ventos constantes ou chuvas excessivas.



O clima de altitude reúne um conjunto de condições particularmente favoráveis, representadas pela secura e pureza do ar, rarefação da atmosfera, favorecendo a ventilação pulmonar, intensidade de irradiação solar, mesmo no inverno, temperatura moderada no verão, condições essas que ativam as combustões internas, acoroçoam a hematopoise e aguçam as funções orgânicas: é um clima essencialmente, tônico, vivificante, qualidade esta apreciável, sobre tudo, nas estações invernosas, o que faz indicado na maior parte dos estados de enfraquecimento ou debilidade orgânica.



Em razão da grande redução da cobertura vegetal da região, sobretudo nas encostas entre Monteiro Lobato e Campos do Jordão, que, no passado, foram revestidas integralmente de matas, e que hoje, ao contrário, apresentam 9% de campos, operaram-se modificações no clima, no sentido correspondente, ou seja, para um clima mesotérmico com verões brandos e estação chuvosa no verão.



Este tipo de clima foi, pouco a pouco, ascendendo as encostas da Mantiqueira, culminando por imperar em toda a região. A alteração, nociva para a agricultura, no entanto revelou-se francamente benéfica nas áreas de tratamento de doenças pulmonares, onde se torna necessário o clima frio e seco.



Segundo Regnard, podemos classificar o clima de uma localidade, atenta à sua altitude, em uma das três zonas seguintes:



estações intermediárias - entre a montanha e a planície, abaixo de 1.200m.

estações de altitude - entre 1.200 a 1.800m.

estações altas - entre 1.800 a 2.000m.

Assim sendo, fica Campos do Jordão na classe das estações de altitude e em condições superiores a Les Avante (1.000m), Caux (1.100m), Leisin (1.450m), Davos (1.558m), Zermat (1.620m) e St. Moritz (1.769 m), com exceção desta última.



O clima de Campos do Jordão, comparado à região alpina de Davos Platz na Suíça, acusou supremacia nos graus de nebulosidade, nas taxas de insolação, oscilações térmicas e nos índices de precipitação pluviométrica.



A nebulosidade média em Davos Platz era de cerca de 6% mais elevada. No que tange aos dias claros, as pesquisas deram 52% de dias claros para Campos do Jordão, enquanto que em Davos Platz verificou-se apenas 41%.



As diferenças de temperaturas médias do mês mais quente para o mês mais frio, não foram além de 8°C em Campos do Jordão, ao contrário daquela cidade Suíça, em que as diferenças chegaram a 20°C.



O teor de oxigenação e ozônio de Campos do Jordão foi considerado superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza de seu ar, a 2.800 m de altitude.



No Congresso de Climatologia, realizado em Paris, em 1957, o clima de Campos do Jordão foi considerado o melhor do mundo. [carece de fontes?]



[Esconder]Médias de temperatura do ar e precipitação para Campos do Jordão, São Paulo - Brasil

Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano

Temperatura máxima média (°C) 23 23 23 21 18 17 16 19 20 22 22 22 20,5

Temperatura mínima média (°C) 13 13 12 9 6 5 4 4 7 10 11 12 8,8

Precipitação (mm) 320,5 238,1 184,6 71 63,6 39,7 47,2 31,7 89,1 152,8 219,4 311,3 1 769

Fonte: [8] Maio 2010



[editar] Solo



Colinas próximas da cidade.O Planalto de Campos do Jordão está inserido na Região de Dobramentos Sudeste que inclui rochas geradas no Ciclo Brasiliano e, em parte, resultantes do retrabalhamento de rochas mais antigas. Gnaisses, granitos, biotita xistos, quartzitos, migmatitos e metassedimentos da Formação Pico de Itapeva representam os principais litotipos da área de estudo.



Subindo o Vale do Paraíba, o granito grosso nas encostas da serra, mostra-se em grandes lajedos, em dorsos lisos ou em blocos amontoados de tamanhos e formas pitorescos.



Na parte setentrional de Campos do Jordão, aparece superposto ao granito, um xisto micaceo muito fragmentado e com camadas verticais.



Ali, nas fraldas dos morros pelados, onde a vegetação arbórea não prospera, o quartzo branco em fragmentos angulosos e miúdos, cobre o solo em larga extensão.



Pendendo para o pequeno Vale dos Pilões, o granito aparece em extensas lombas, descobertas em dorso negro e liso; mais adiante, apresenta-se em escarpa aprumada, sob camadas de quartzito.



Para o Sul, ainda na margem do Planalto, o granito aflora, frequentemente, e levanta cabeços redondos e pitorescos nas cabeceiras do Piagui.



A Pedra do Baú e os sucessivos contrafortes que dela fazem parte, separando os pequenos vales do Capivari, do Jaú, do Pirangussu, Vargem Grande e do Baú, são também de granito ou gnaisse granitoide, que aí formam os pontos mais elevados da região.



São frequentes as rochas ferruginosas como os conglomerados recentes, compostos de massas de minério de ferro, ligadas por um cimento de limonito, a que se dá o nome de canga.



As águas em geral são límpidas, leves, doces e salutíferas, havendo águas minerais. O município faz parte do complexo cristalino da Mantiqueira, sendo a região, paleontologicamente, pré-cambriana (arqueano); o solo é, em geral, muito calcinado e não são abundantes os minérios.



Em alguns lugares aparece o ferro, grafite, e também o ouro, que, antigamente, foi explorado nas margens dos córregos Alegre e do Sto. Antônio, que afluem para o Sapucaí.



Constituem seus recursos minerais as jazidas de dolomito, bauxita, granada, gnaisse, granito e caulim.



Duas unidades de paisagem, fisionomicamente heterogêneas, foram reconhecidas no Planalto de Campos do Jordão: o geossistema dos altos campos e o geossistema serrano.



Cada um desses geossistemas apresenta variações associadas principalmente a diferenças do substrato e ao grau de dissecação do relevo. No geossistema dos altos campos diferenciam-se três unidades: os campos do Jordão, do Serrano e de São Francisco.



A diminuição da atividade morfogenética e mudança nos processos de vertente é documentada pelas sequências coluviais com paleossolos intercalados, que ocorrem principalmente no terço inferior das "lombas", e pelos sedimentos das depressões da base dos anfiteatros.



[editar] Vegetação



Araucaria angustifolia em Campos do Jordão.A vegetação de Campos do Jordão se distribui em dois grandes tipos: a vegetação de mata e a vegetação campestre. De um modo geral, ela se apresenta profundamente modificada pela influência do homem.



Do ponto de vista paisagístico, sobressai a presença das massas vegetais da floresta ombrófila mista e de extensos reflorestamentos de coníferas.



O pinheiro é a árvore-símbolo de Campos do Jordão, não obstante, o ataque criminoso do homem.



O gênero Araucária, Juss., ensina Hoene, em "Araucarilândia", abrange apenas 10 espécies de árvores, dispersadas em várias regiões da América e da Austrália.



No que tange a flora, escreveu Mário Sampalo Ferras, em 1941, que muito interessantes foram as impressões colhidas, em Campos do Jordão, pelo eminente naturalista Hoene, em 1924, acerca de aspectos botânicos, "sui-generis" da região: Apesar de ser parca a espécie, ele classifica de rica a flora serrana de Campos do Jordão, tanto que dali trouxe para o seu notável herbário botânico, em São Paulo, 34 famílias diferentes, distribuídas entre as pináceas, licopodiáceas, liliáceas, eriocauláceas, etc… além de 46 espécies de orquídeas vivas.



Em 26 de junho de 1984 ( Lei Estadual Nº 4.105 ), a cidade de Campos do Jordão foi declarada com Área de Proteção Ambiental(APA).



Uma APA - Área de Proteção Ambiental é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.



A APA de Campos do Jordão, está localizada na Serra da Mantiqueira, fazendo parte de um conjunto de áreas protegidas pelo Estado e pelo Governo Federal para garantir a proteção de importantes ecossistemas da Mata Atlântica e os recursos hídricos, utilizados para abastecimento público de vários municípios paulistas e mineiros.



Essa região é caracterizada por uma cobertura vegetal de transição entre a Mata Atlântica e a Mata de Araucárias. A primeira apresenta em estágios sucessionais desde capoeiras até remanescentes de porte arbóreo denso, na segunda, por sua vez, a vegetação associada à altitude apresenta exemplares de pinheiro-do-paraná e pinheiro-bravo e campos de altitude. Seu relevo, associado à altitude, à vegetação e principalmente ao clima da região, forma um conjunto de grande valor cênico e biológico. Em virtude de sua posição geográfica - localizada entre os dois maiores centros urbanos do país, São Paulo e Rio de Janeiro, a APA possui um grande potencial turístico e ecológico, que são as principais atividades econômicas da região. Campos do Jordão já pode ser considerado um polo de lazer e de cultura, principalmente no inverno, quando é realizado o seu famoso Festival de Inverno.



[editar] Hidrografia

O rio mais importante de Campos do Jordão é o Capivari ( Ribeirão Capivari ), sendo considerado a vertente mais alta do rio da Prata ( cerca de 4/5 do Município está localizado na Bacia Paraná-Uruguai ), cuja nascentes localizam no bairro de Umuarma.



O rio Capivari vai recebendo, em seu curso, o rio Abernéssia, os ribeirões do imbiri e das Perdizes, os córregos do Guarani e do Homem Morto, depois do qual passa a denominar-se rio Sapucaí-Guaçú, e que, lá longe do Município, unindo-se ao rio das Mortes, vai formar o rio Grande.



O rio Sapucaí-Guaçú recebe, ainda dentro do Município, as águas dos ribeirões dos Marmelos, do Paiol, do Ferradura, da Serra, do Campo do Meio, da Guarda ou Gaiarada, de Casquilho, Serrote e do Coxim.



Na extremidade sudeste de Campos do Jordão, nas vertentes voltadas para o Vale do Paraíba, descem os ribeirões das Barradas, do Paiol Velho, dos Melos e do Lageado.



[editar] Demografia



Bairro Vila Capivari, centro turístico de Campos do Jordão, visto do Morro do Elefante.População total: 44.252



Urbana: 43.809

Rural: 443

Homens: 21.978

Mulheres: 22.274

Densidade demográfica (hab./km²): 152,86

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 8,52

Expectativa de vida (anos): 75,73

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,18

Taxa de alfabetização: 92,28%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,820



IDH-M Renda: 0,763

IDH-M Longevidade: 0,846

IDH-M Educação: 0,851

(Fonte: IPEADATA)



[editar] Etnias

Cor/Raça Percentagem

Branca 83,9%

Negra 2,3%

Parda 12,2%

Amarela 0,5%



Fonte: Censo 2000



[editar] Educação

[editar] Ensino Superior

UNIVAP - Universidade do Vale do Paraíba

SENAC - Centro Universitário SENAC

UNOPAR - Universidade Norte do Paraná







[editar] Cultura



Centro de Capivari.Campos do Jordão realiza anualmente um importante festival internacional de música erudita. Em setembro, realiza o Festival da Viola. Campos do Jordão abriga o Palácio Boa Vista, detentor de um amplo acervo de arte nacional do período colonial e do modernismo, aberto à visitação pública. Também possui o Museu Casa da Xilogravura - o maior em seu tipo existente no país - e o Museu Felícia Leirner, com esculturas a céu aberto. Junto à fábrica do Chocolate Araucária, pode-se conhecer um pouco do processo de produção do chocolate e visitar o Museu do Chocolate.[9]



Referências

1.↑ a b Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

2.↑ Estimativas da população para 1º de julho de 2009 (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (14 de agosto de 2009). Página visitada em 16 de agosto de 2009.

3.↑ Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil. Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2000). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

4.↑ a b Produto Interno Bruto dos Municípios 2002-2005. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (19 de dezembro de 2007). Página visitada em 11 de outubro de 2008.

5.↑ Folha Online ,. Acesso em: 31 de Março de 2010

6.↑ As mudanças climáticas em Campos do Jordão ,. Acesso em: 31 de Março de 2010

7.↑ Climate and Daylight Chart for Campos Do Jordao, Brazil, ,. Acesso em: 13 de agosto de 2007

8.↑ Título não preenchido, favor adicionar (em português).

9.↑ Campos do Jordão, Roteiro de Passeios, Hotéis, Restaurantes, Passeios, Notícias. www.camposdojordao.com.br. Página visitada em 2010-03-19

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